A gestão da prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), tem provocado desconforto crescente entre eleitores e apoiadores conservadores que acreditaram em sua campanha marcada por um discurso de renovação e alinhamento com os valores da direita. Contudo, passados os primeiros meses de mandato, muitos já apontam uma guinada inesperada em suas decisões políticas e articulações de bastidores.
❝Promessas à Direita, Alianças à Esquerda❞
Embora eleita com o apoio decisivo de setores conservadores, bolsonaristas e integrantes do próprio PL, Flávia tem sinalizado alinhamento com figuras públicas que, historicamente, atuam no campo oposto da sua base eleitoral.
Entre os exemplos que causaram maior estranheza:
Aproximação com o Presidente Lula, a quem fez questão de elogiar publicamente em eventos e redes sociais, apesar do histórico de oposição ferrenha do PL ao governo federal;
Alinhamento político com pessoas ligadas fortemente a esquerda como Alex “Força Jovem” (PSB) e Willian Sidney (PSB) — ambos reconhecidos por sua trajetória ligada a pautas progressistas;
Fortes laços com o jornalista Edvaldo Carvalho, que, segundo relatos da própria base do PL, teria sido favorecido com cargos e proximidade, mesmo após episódios polêmicos e ataques direcionados a conservadores;
Reafirmação de aliança com Jayme Campos, cacique do União Brasil e crítico ferrenho da ala bolsonarista.
Essas decisões vêm sendo interpretadas por lideranças locais e apoiadores da direita como um distanciamento ideológico e quebra de confiança com a base eleitoral que sustentou sua candidatura em 2020 e 2022.
❝Silenciamento da Base e Valorização de Opositores❞
O desconforto entre conservadores não se limita às escolhas políticas externas. Internamente, vereadores eleitos na esteira do bolsonarismo e líderes de direita denunciam abandono, falta de diálogo e ausência de valorização nas estruturas do governo municipal.
O vereador Caio Cordeiro (PL) chegou a declarar publicamente que não contou com apoio da prefeita para se eleger e que hoje se sente isolado. A cobrança por fidelidade, feita pela própria Flávia em entrevista recente, foi vista por muitos como um gesto autoritário e desconectado da realidade política construída nas urnas.
❝O PL Serviu Só Para Eleger?❞
A frase usada por Flávia Moretti — “o PL serviu para se eleger e agora não serve mais?” — causou perplexidade nos bastidores. A crítica foi dirigida aos vereadores, mas acabou revelando a contradição de sua própria conduta política: eleita pela legenda com apoio maciço do eleitorado conservador, a gestora parece agora desprezar o mesmo grupo que a projetou politicamente.
Esse cenário levantou questionamentos legítimos sobre sua lealdade partidária e ideológica. Setores do PL já discutem, nos bastidores, se há fundamento ético e político para abertura de procedimento interno por infidelidade partidária — especialmente após as declarações públicas de apoio ao governo Lula e aproximações tidas como “incompatíveis com os valores do partido”.
Conclusão: uma guinada que exige explicações
A população de Várzea Grande e, principalmente, os eleitores que confiaram em um projeto conservador de governo, merecem explicações claras e transparentes sobre os rumos que vêm sendo tomados. Flávia Moretti não está sendo acusada de trair o PL ou a direita — mas os fatos públicos e as escolhas recentes indicam um claro abandono das pautas e alianças que sustentaram sua eleição.
Esta análise, portanto, não tem caráter difamatório ou acusatório, mas sim o intuito de levantar um debate necessário à democracia local Municipal: até que ponto é legítimo romper com compromissos ideológicos firmados em campanha? E quais as consequências políticas disso?
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