Chefe de agência da ONU diz que forças israelenses destruíram escritório na Cisjordânia

Chefe de agência da ONU diz que forças israelenses destruíram escritório na Cisjordânia

Israel nega danos ao prédio causados nesta quinta-feira (31) e afirma que terroristas plantaram explosivos nas proximidades do escritório da UNRWA. Clínica de saúde que pertencia à Agência da ONU de Assistência aos Refugiados (UNRWA), que foi destruída por escavadeiras israelenses, no campo de Nour Shams, em Tulkarem, na Cisjordânia ocupada por Israel
Raneen Sawafta/Reuters
Escavadeiras israelenses causaram danos severos no escritório da agência de ajuda da Organização das Nações Unidas (ONU), a UNRWA, no campo de refugiados de Nur Shams, em Tulkarem, na Cisjordânia, nesta quinta-feira (31), informou o chefe da agência, segundo a Reuters.
Philippe Lazzarini, que lidera a agência de refugiados palestinos da ONU, disse na rede social X que o escritório foi “severamente danificado e não é mais utilizável”.
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Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) negaram qualquer responsabilidade sobe danos ao prédio onde fica a agência.
“A afirmação de que os escritórios da UNRWA em Nur Shams foram destruídos por soldados das FDI é falsa”, disse a declaração.
Segundo as forças israelenses, os estragos foram causados por “terroristas” que “plantaram explosivos nas proximidades dos escritórios da UNRWA”. O comunica informou ainda que o ataque foi uma “tentativa de prejudicar os soldados das FDI”. “Os explosivos provavelmente causaram danos à estrutura”, afirmou o comunicado.
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Na segunda-feira (28), Israel aprovou uma lei proibindo a UNRWA de operar no país. Isso pode impactar o trabalho da agência na Faixa de Gaza, que foi devastada pela guerra.
Os legisladores citaram houve participação de alguns funcionários da UNRWA no ataque de 7 de outubro de 2023 em Israel e que eles têm “vínculos com o Hamas e outros grupos armados”.
A ONU, após uma investigação, disse em agosto que nove funcionários da UNRWA estavam possivelmente envolvidos nos ataques de 7 de outubro e os demitiu. A UNRWA afirma que a esmagadora maioria de seu pessoal adere aos princípios de neutralidade.
Lazzarini chamou a votação para proibir a UNRWA de “um precedente perigoso” que se opõe à carta da ONU e viola a obrigação de Israel sob o direito internacional.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os trabalhadores da UNRWA “envolvidos em atividades terroristas” devem ser responsabilizados.

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