Em 12 de agosto de 2025, a Câmara Municipal de Várzea Grande aprovou o controverso “Prêmio Saúde”. A iniciativa, no entanto, gerou revolta entre os servidores da saúde — e não é por acaso. O projeto deixou fora do benefício Enfermeiros e técnicos de enfermagem além de profissionais técnicos de apoio e administrativos — justamente aqueles que, muitas vezes, executam o dia a dia dos serviços essenciais —, premiando apenas médicos, odontólogos, os parlamentares aprovaram uma emenda que incluiu fisioterapeutas, assistentes sociais, farmacêuticos, psicólogos e nutricionistas e cargos de confiança comissionados, deixando de fora cargos de apoio.
A revolta se espalhou pelos corredores das unidades de atendimento como um grito de indignação silenciosa. Um vereador tentou corrigir o erro e apresentar uma emenda para incluir enfermeiros e técnicos, mas foi derrotado. Para muitos, foi como criar um “prêmio cozinha” e entregar apenas aos chefs, enquanto quem lava a louça fica de fora, olhando pela janela O EMPALLADOR.
É legítimo questionar: saúde é um sistema composto por multiplicidade de atores, e não um palco para o protagonismo de poucos. Enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes técnicos de apoio financeiro, administrativo, segurança patrimonial ou serviços gerais são quem garantem que a máquina funcione também. A exclusão dessas categorias reforça a velha divisão hierárquica que insiste em invisibilizar aqueles que, todos os dias, vestem a camisa do município — e trabalham em silêncio com seus salários defasados sem valorização.
O mais irônico é que a secretária de Saúde, Deisi Bocalon, é enfermeira por formação — e ainda assim o projeto não contemplou sua própria categoria VGN – Notícias em MT com credibilidadevarzeagrande.mt.gov.br+6O EMPALLADOR+6Instagram+6.
O posicionamento da Câmara, com o silêncio dos que poderiam corrigir o problema, soa como um recado claro: o que interessa não é reconhecer todos os profissionais da engrenagem — mas premiar apenas quem está no volante, enquanto o resto do motor fica esquecido.
Em Várzea Grande, a saúde clama por reconhecimento coletivo — e por justiça de fato. Se a política pública se limita a valorizar apenas certo seleto grupo, corre-se o risco de desvalorizar o essencial: a força invisível e indispensável de uma equipe inteira.
Respostas de 2
Como funcionário público da prefeitura de varzeagrande que sou, fico desmotivado em levantar da cama para trabalhar, e ver uma incoerência tão latente, tão escrachada, acorda prefeita FLÁVIA MoReTTi!
Valoriza quem está na ponta da lança, limpando chão, atendendo na recepção, cuidando do patrimônio. ACORDA FLAVIA ainda é tempo. Abre o olho, para não ser uma prefeita de um mandato só.
Todos estamos indignados com tau atitude por parte da prefeita,se nossa situação como funcionária de carreira tava ruim com o mandato dela piorou,estamos morrendo e envelhecendo com o pior salário do Estado de MT,não temos direitos a nada tenho 22 anos de prefeitura fiz faculdade,pós com muito sacrifício é revoltante essa situação insuportável.