Várzea Grande (MT) – 10 de julho de 2025
Mais de 350 agentes concursados da segurança patrimonial da Prefeitura de Várzea Grande seguem cobrando da prefeita Flávia Moretti (PL) o cumprimento da promessa feita em seu plano de governo: a criação da Guarda Civil do Patrimônio Municipal (GCPM) e a devida valorização profissional da categoria — que há anos atua sem reconhecimento, mesmo exercendo funções essenciais à proteção dos prédios e bens públicos do município.
Logo após a vitória nas urnas, os agentes comemoraram a eleição da prefeita, acreditando que finalmente seriam reconhecidos. Em reunião realizada no início da gestão, Flávia Moretti reafirmou pessoalmente à comissão dos servidores que ajudaria a corrigir o erro histórico das gestões anteriores. No entanto, passados mais de seis meses, o projeto ainda não saiu do papel.
Hoje um agente de segurança e manutenção de concurso nível médio 40hs semanais ganha míseros R$: 1.560,00 reais sem direito a ajuda de custo, sem adicional de periculosidade, tendo que recorrer ao judiciário para conseguirem, a pauta foi delegada ao secretário municipal de Defesa Social, Louriney dos Santos Silva, que apresentou uma proposta considerada inaceitável pela categoria. A medida anunciada foi apenas a criação de uma “Coordenadoria de Vigilância Patrimonial”, sem estrutura organizacional real, sem alteração da nomenclatura dos cargos, sem plano de carreira (PCCS) e sem qualquer valorização salarial ou funcional.
O líder da categoria em Várzea Grande e também representante dos Guardas Civis Patrimoniais e assemelhados no estado de Mato Grosso, agente Ícaro Antonine, declarou:
“Não há lógica no que o secretário Louriney apresentou: sem estrutura organizacional dos patrimoniais, sem alteração da nomenclatura e sem valorização aos agentes. Ele só vai retirar o problema de uma pasta e concentrar o problema em outra. Queremos organização e respeito — o que foi prometido pela prefeita.”
Enquanto isso, muitos agentes têm recorrido à Justiça e conquistado decisões favoráveis, garantindo o adicional de periculosidade, reconhecido por juízes, que entendem o risco real a que esses profissionais estão submetidos. Mesmo com essas vitórias judiciais, os servidores dizem que não querem depender de processos judiciais para receber o que lhes é de direito — querem apenas valorização profissional, estabilidade e respeito, para levar um sustento digno às suas famílias.
A insatisfação é crescente. Cerca de 350 famílias aguardam com esperança a concretização da promessa feita pela prefeita. Apesar de tentativas constantes, a comissão ainda não conseguiu nova agenda com a gestora para expor o impasse com o secretário, o que tem gerado revolta e desânimo entre os servidores que, em sua maioria, votaram e apoiaram a atual prefeita durante a pré-campanha.
A prefeita Flávia Moretti tem em mãos a oportunidade de transformar promessas em conquistas, de mostrar respeito a quem há anos protege o que é do povo. Ignorar a pauta, delegar a responsabilidade e evitar o diálogo não condizem com uma gestão que prometeu valorização e mudança.








